O tratamento medicamentoso para enxaqueca se dá basicamente em duas formas: o abortivo de crises, visando o controle da crise, no momento da dor, e o profilático, visando a redução na intensidade e na frequência das crises que ocorrem ao longo do mês. A indicação de cada medicação vai se dar de acordo com a avaliação de cada caso, levando em conta as particularidades de cada paciente e principalmente a frequência das crises.
Como funciona o tratamento medicamentoso para enxaqueca
Geralmente, quando temos mais que 3 crises/mês, uma droga contínua para profilaxia é indicada. Em alguns casos, mesmo com menos de 3 crises por mês, de acordo com a influência que a crise tenha na vida da pessoa, a profilaxia pode ser indicada. O mesmo ocorre quando a pessoa não tem um controle das crises com a medicação SOS.
Em todos os casos, medidas não-farmacológicas, como alimentação saudável, atividades físicas e medidas de higiene do sono, devem ser recomendadas. A escolha da medicação vai se dar de acordo com o perfil do paciente, levando em consideração: doenças associadas, idade, intenção de engravidar e a tolerância do paciente à medicação escolhida. Antidepressivos, anticonvulsivantes e Beta-bloqueadores, drogas lançadas para outros fins, são muito utilizadas. Recentemente a primeira droga específica para profilaxia da enxaqueca, o Erenumab (Pasurta ®), foi lançada com bons resultados.
O profissional sempre deve orientar o paciente no sentido de evitar o abuso diário de analgésicos e de entender que cada droga depende de um tempo mínimo para sua ação. Entendimento e paciência são fundamentais. O rodízio de drogas é causa de confusão e falha na terapêutica.